Protests against racism – Vocab and text
Protests against racism - Vocab and text
Manifestações contra o racismo
Random Vocabulary:
racismo – racism
racista – racist
protestos – protests
protestar – to protest
manifestação – demonstration, rally
manifestação com tumulto – riot
saques – looting
saquear – to loot
saqueador – looter
armas – weapons
quebrar – to break
vitrines das lojas – store windows
gritar – to yell
bater – to hit
balas de borracha – rubber bullets
anarquista – anarchist
vandalismo – vandalism, destruction of property
protesto pacífico, sem violência – peaceful protest
multidão – crowd
oportunista – opportunist
caos – chaos
ódio – hate
violência – violence
discriminação – discrimination
intolerância – intolerance
assédio, perseguição – harassment
toque de recolher – curfew
trânsito – traffic
ponte – bridge
rodovia – highway
ferido, machucado – injured
prisões – arrests
prender – to arrest
gás lacrimogênio – tear gas
máscara de gas lacrimogênio – gas mask
cassetete – baton
spray de pimenta – pepper spray
Texto:
A história de Michelle Obama
Ao final do mandato do marido, Michelle Obama era a Obama mais popular, com 66% de aprovação. Barack tinha apenas 40%. Daí ser perfeitamente compreensível que, logo depois de ser lançado no final de 2018, o livro de memórias da ex-primeira dama já era apontado como a autobiografia mais vendida de todos os tempos. Só no Brasil, “Minha história” vendeu mais de 85 mil exemplares no ano passado, de acordo com o site especializado PublishNews. No livro, Michelle Obama conta como sua jornada se tornou possível – e agora, um documentário na Netflix apresenta uma parte desse longo caminho. É uma mensagem poderosa num tempo de desilusão coletiva.
O que se vê no filme é principalmente como sua trajetória pessoal de superação consegue cativar, envolver e motivar jovens e velhos, caucasianos e afrodescendentes, latinos e norte-americanos que vivem nos Estados Unidos.
Ali está a mulher que chegou ao topo do mundo, que se sentou à mesa com as principais lideranças do planeta e se dedicou a fazer tudo perfeitamente – porque tinha a consciência de que a primeira família negra a ocupar a Casa Branca não podia cometer qualquer deslize.
No documentário, Michelle Obama revela em uma breve passagem como foi difícil viver tudo isso. Ainda no segundo grau (High School) em Chicago, ela foi aconselhada por uma orientadora a não perseguir seu sonho de estudar em Princeton, uma das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos. Michelle não lhe deu ouvidos e se tornou uma advogada brilhante. Hoje, ela consegue contar o episódio aos risos, mas só porque, no final, deu tudo certo. A lição que ficou: a educação é a verdadeira revolução que pode transformar vidas e mudar um país. Quando Michelle conheceu o futuro presidente dos Estados Unidos, a relação entre os dois não era de igualdade. Aos 25 anos, ela era\ mentora dele, um simples estagiário. Mas aos poucos, percebeu que ele era diferente, com preocupações elevadas e foco total. Caiu a ficha: ela precisaria fazer mais para não ser arrastada pelo “tsunami Barack Obama” e manter sua independência. Mesmo assim, houve momentos de incerteza, ressentimento e de dar um passo atrás, sobretudo quando as filhas nasceram. Na terapia, ela conseguiu encontrar a paz que lhe faltava. É exatamente a compreensão dessas valiosas escolhas que torna “Minha história” um documentário tão eficaz.
Ironicamente, Michelle lembra no documentário que, assim que Obama foi eleito em 2008, houve quem acreditasse que os Estados Unidos haviam ingressado numa era pós-racial. O assassinato em Mineápolis – e os incontáveis casos que o precederam – mostram que isso era utopia. A mistura de culturas (melting pot) americana continua uma obra em andamento. Muitos casos como o de George Floyd seguiram o mesmo roteiro: protestos (pacíficos e violentos), campanhas de engajamento (de celebridades e pessoas comuns), hashtags e certo exibicionismo de virtude.
Na campanha eleitoral de 2016, Michelle fez seu famoso discurso: “When they go low, we go high.” (quando eles jogam baixo, nós mantemos o alto nível). No momento explosivo em que vivem os Estados Unidos, com os protestos saindo do controle, talvez o exemplo de Michelle Obama seja a resposta para reconstruir a promessa que está no brasão dos Estados Unidos: e pluribus unum (‘de muitos, um’).
(Fábio Silvestre Cardoso)
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