Podcast

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Oi pessoal! Tudo bem? 

Vocês agora podem ouvir o meu Podcast diretamente aqui ou nas plataformas Apple Podcast, Spotify, Podbean, Google Podcast e Amazon Music. 

No Podcast Tudo bem? Brazilian Portuguese, vocês vão ouvir alguns clássicos da literatura infantil e também os textos que estão nos meus livros 1 e 2 para treinarem a pronúncia. Espero que gostem! 

Vamos aprender Português! 

Abaixo, estão os textos com as histórias infantis para vocês acompanharem com os Podcasts.

Em uma pequena vila, perto da floresta, vivia uma menina muito linda e
gentil chamada Chapeuzinho Vermelho.
Um dia, a mãe de Chapeuzinho Vermelho preparou uma cesta com doces,
bolo e frutas e pediu a ela que levasse para sua vovó que estava doente e
morava na floresta.
Chapeuzinho Vermelho saiu de casa e, no caminho, decidiu colher umas
flores para levar para a vovó. De repente, apareceu o lobo mau.
“Oi, menina linda! O que está fazendo aqui?”, perguntou o lobo.
“Estou colhendo flores para a minha vovó.”, respondeu a menina.
“E onde sua avó mora?”, ele perguntou.
“Do outro lado da floresta. Estou levando também essa cesta de doces para ela.”, disse ela.
Então, o lobo foi embora e seguiu direto para a casa da vovó de Chapeuzinho.
O lobo chegou na casa da vovó de Chapeuzinho, entrou e a trancou no guarda-roupa.
Rapidamente, vestiu uma camisola da vovó e deitou na cama, esperando Chapeuzinho
Vermelho chegar.
Ao entrar, Chapeuzinho viu o lobo na cama e disse:
“Vovó, que olhos tão grandes você tem!”
E o lobo disse:
“São pra te ver melhor, minha netinha.”
“E que nariz grande você tem!”, ela disse.
“É pra cheirar melhor.”, ele disse.
“E que boca grande você tem!”, ela disse.
“É pra te comerrrr!!!”, disse ele levantando da cama.
Chapeuzinho saiu correndo e começou a gritar.
Um caçador que estava passando escutou os gritos de Chapeuzinho, entrou na casa e a salvou
do lobo mau. O lobo fugiu para a floresta e nunca mais voltou.
Chapeuzinho e o caçador encontraram a vovó trancada no guarda-roupa e a salvaram.
Depois do susto, vovó preparou um chá e eles comeram as coisas deliciosas que a mamãe de
Chapeuzinho tinha preparado.
E foram felizes para sempre!

Era uma vez três porquinhos que viviam com sua mãe perto
do bosque. Eles eram bem diferentes um do outro. Quando
cresceram, decidiram sair da casa da mamãe e construir suas
próprias casas.
O porquinho caçula fez uma casinha de palha. Ele não tinha
muita paciência e quis que a casa ficasse pronta mais rápido.
Um dia, apareceu um lobo e quis devorar o porquinho. Ele
correu para dentro de casa e trancou a porta, mas o lobo
começou a soprar e soprar com força e a casinha dele desmoronou. Rapidamente, o
porquinho correu pra casa do seu irmão do meio, que ficava bem pertinho da casa dele.
O porquinho do meio decidiu fazer uma casinha de madeira, um pouco mais segura do que a
de palha.
O porquinho chegou correndo e gritando:
—- Socorro! Me ajuda!, e entrou na casa do irmão.
Rapidamente, trancou a porta. Mas o lobo começou a soprar e soprar de novo e, de repente, a
casinha também caiu.
Então, eles correram pra casa do irmão mais velho.
Os porquinhos correram muito pra chegar até a casa do porquinho mais velho, que ficava mais
afastada da casa deles.
Ele fez uma casinha de tijolos, e por isso, levou mais tempo para ficar pronta. Mas o esforço
valeu a pena.
O porquinho viu seus irmãos correndo na estrada em direção à sua casa e ficou assustado.
Logo depois, viu o lobo correndo atrás dos porquinhos e abriu a porta para os porquinhos
entrarem rápido.
Os porquinhos estavam com muito medo e se esconderam embaixo da mesa.
Assim que o porquinho fechou a porta, o lobo começou a soprar, soprar e soprar… mas dessa
vez não conseguiu derrubar a casa. Ele estava com muita fome e queria comer os porquinhos,
por isso pensou em outra maneira de entrar na casa.
Então, ele viu a chaminé no alto do telhado e teve uma ideia: fingiu ter desistido e começou a
subir até o telhado.
Mas o porquinho mais velho era mais esperto que o lobo e ouviu o barulho no telhado.
Ele colocou um caldeirão cheio de água quente na lareira e o lobo caiu dentro dele.
Assustado, fugiu para a floresta e nunca mais voltou.
Os porquinhos decidiram morar juntos e foram felizes para sempre!

Em um lindo reino, no fundo do mar, viviam as filhas do grande
rei. Elas eram lindas sereias com o corpo de mulher e uma cauda
cheia de escamas, como um peixe.
Ao completarem 15 anos, as sereias poderiam ir até a superfície
do mar e descobrir como era a vida lá em cima, e elas esperaram
ansiosamente por esse dia.
A sereia mais nova era a mais bela de todas. Seus olhos eram
brilhantes, sua pele delicada e sua voz, encantadora. Ela era
muito curiosa e desejava muito saber o que havia fora do mar.
Sua avó sempre lhe contava muitas histórias sobre os seres
humanos, e ela prestava muita atenção em tudo o que ela falava.
Sempre que suas irmãs mais velhas voltavam da superfície, ela fazia muitas perguntas e queria
saber todos os detalhes do que tinha acontecido.
As irmãs contavam tudo o que tinham visto: o pôr do sol, as crianças e os adultos, as igrejas e
os navios, os animais e as árvores, e a pequena sereia ficava encantada.
Finalmente, a pequena sereia completou quinze anos e pôde conhecer o mundo dos
humanos. Ela foi nadando em direção à superfície e viu um grande navio. Estava tendo uma
festa de aniversário do príncipe e a pequena sereia ficou observando de longe.
No final da festa, uma grande tempestade atingiu o navio e ele naufragou. A pequena sereia
conseguiu salvar o príncipe e começou a cantar uma linda música para ele. Ele então acordou
e, antes de conseguir falar com ela, a pequena sereia o deixou e mergulhou nas águas
salgadas.
A pequena sereia não parava de pensar no príncipe porque se apaixonou por ele. Ela contou
para suas irmãs tudo o que tinha acontecido em sua visita à superfície e o que sentia pelo
príncipe. Mas, para se casar com ele, ela teria que se transformar em uma mulher de verdade.
Então, ela pediu ajuda à uma sereia mágica, mas em troca, a sereia mágica ficou com sua bela
voz.
Ela foi procurar o príncipe e todos ficaram impressionados com sua beleza, principalmente o
príncipe, pois ela era muito parecida com a sereia que o tinha salvado. Sem poder falar, ela
ficou triste, porque não podia se comunicar com seu amado.
Então, suas irmãs a ajudaram e pediram à sereia mágica que devolvesse a voz à pequena
sereia.
Quando a pequena sereia voltou a falar, contou sua história ao príncipe, que a reconheceu e a
pediu em casamento.
Os dois se casaram e foram felizes para sempre!

Em um casarão, perto do castelo do rei, morava um homem com sua filha.
Ela era uma menina muito educada e gentil e todos gostavam muito dela.
Seu pai se sentia muito sozinho e decidiu se casar de novo. Sua nova
esposa tinha duas filhas que também passaram a viver junto com eles no
casarão.
Quando o homem faleceu, a filha dele continuou morando com a madrasta
e as duas filhas, que começaram a maltratá-la. Elas a obrigavam a fazer
todas as tarefas da casa sozinha e só a deixavam usar roupas velhas e
rasgadas. Ela trabalhava dia e noite na casa e não tinha tempo para
descansar.
O único lugar que ela tinha para descansar era um cantinho na cozinha, perto da lareira. Ela
vivia suja das cinzas que caíam nas suas roupas e suas irmãs começaram a chamá-la de
Cinderela. As irmãs não gostavam dela e faziam de tudo para humilhá-la, mas mesmo assim,
ela ainda era mais bonita do que elas em seus luxuosos vestidos.
Um dia, as malvadas irmãs receberam um convite do rei convocando todas as moças do reino
para um baile onde seu filho, o príncipe, iria escolher sua noiva. Elas ficaram muito animadas e
obrigaram Cinderela a fazer dois vestidos lindos para elas.
Cinderela queria ir ao baile também, mas não teve tempo de fazer seu vestido.
Cinderela ficou triste porque não ia ao baile quando, de repente, apareceu uma fada madrinha
e a transformou em uma linda princesa. Ela também transformou a abóbora em uma
carruagem e os ratinhos em cavalos e cocheiro. Por fim, deu um par de sapatos de cristal a
Cinderela e disse que ela teria que retornar antes da meia-noite porque era a hora que a
magia iria acabar.
No castelo, o príncipe ficou encantado com Cinderela e só quis dançar com ela. Cinderela
estava linda e todos admiravam o casal dançando no salão. Mas Cinderela perdeu a noção do
tempo e, quando deu meia-noite, ela saiu correndo pelas escadarias do castelo, deixando para
trás o seu sapatinho de cristal.
Na manhã seguinte, o príncipe saiu pelo reino calçando o sapatinho em todas as moças, pois
estava a procura de sua futura noiva. Ele procurou e procurou mas não estava tendo sorte em
encontrá-la. Ao entrar no casarão, as irmãs de Cinderela fizeram de tudo para calçar o
sapatinho de cristal, mas ele não coube no pé delas. Foi então que Cinderela pediu para
experimentá-lo e, para surpresa de todos, o sapatinho serviu perfeitamente.
O príncipe reconheceu a sua amada e a pediu em casamento.
Cinderela casou-se com o príncipe e eles foram felizes para sempre.

Era uma vez uma rainha de um reino distante que teve uma filha com a pele
branca como a neve, os cabelos pretos e os lábios bem vermelhos.
Infelizmente, a rainha não resistiu no parto e morreu.
A criança foi chamada de Branca de Neve.
O tempo passou e o rei casou-se novamente. A madrasta de Branca de
Neve era muito bonita, mas muito má. Ela não aceitava que alguém fosse
mais bela do que ela.
Todos os dias, ela perguntava ao espelho mágico:
___ Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
E o espelho respondia:
___ Não, Vossa Majestade é a mais bela de todas.
Um dia, a rainha perguntou ao espelho e ficou surpresa quando ele respondeu:
___ Sim, Branca de Neve é a mais bela.
Cheia de raiva, a madrasta pediu ao caçador que levasse Branca de Neve para a floresta e a
matasse.
O caçador obedeceu, mas não teve coragem de matá-la e pediu a ela que fugisse. Branca de
Neve correu, assustada e sem rumo pela floresta.
Ela já estava muito cansada quando encontrou uma pequena casa no meio da floresta. Não
tinha ninguém em casa, mas mesmo assim, ela entrou, comeu um pouco da comida que
encontrou e depois adormeceu em uma das caminhas que tinha no quarto.
No fim da tarde, os donos da casa chegaram. Eram os sete anões, que trabalhavam em uma
mina.
Eles ficaram muito surpresos ao vê-la dormindo. Quando acordou, Branca de Neve contou a
eles o que tinha acontecido e eles a deixaram morar lá com eles.
Ela iria arrumar a casa e cozinhar, e ainda ficaria em segurança.
Mas a madrasta descobriu que Branca de Neve estava viva através do espelho mágico.
Ela então, transformou-se em uma velhinha, foi até a casa dos sete anões e ofereceu uma
maçã envenenada à Branca de Neve. Branca de Neve mordeu a maçã e caiu no chão
desacordada.
Quando os anões chegaram, encontraram Branca de Neve desmaiada e pensaram que ela
estivesse morta. Eles a colocaram em uma redoma de vidro e a levaram para uma colina.
Um dia, um príncipe passou por lá e, ao ver Branca de Neve dormindo, ficou encantado com
sua beleza.
Ele se apaixonou pela linda princesa assim que a viu. Então, ele a beijou e o feitiço da
madrasta se desfez naquele momento, e Branca de Neve acordou.
A rainha ficou sabendo que a princesa ainda estava viva e ficou com muita raiva. Ela quebrou o
espelho mágico e depois não pôde mais usá-lo em seu benefício.
O príncipe casou-se com Branca de Neve, eles foram morar no castelo dele e foram felizes
para sempre.

Há muitos anos, havia um rei e uma rainha que desejavam ter um filho.
Para alegria dos reis, nasceu uma linda menina. O rei preparou uma
grande festa e convidou todos os seus amigos e as fadas-madrinhas do
reino. No final da festa, as fadas deram à princesa seus presentes
mágicos. Uma lhe deu beleza; outra, virtude e a terceira, riqueza.
De repente, apareceu uma fada má que, cheia de raiva por não ter sido
convidada para a festa, gritou: “Quando a princesa completar quinze
anos, vai furar o dedo com o fuso de uma roca e morrerá.”
Nesse momento, uma das fadas que ainda não havia dito qual era o
seu presente para a princesa, falou: “Não posso evitar sua praga, mas a
princesa não morrerá. Só cairá num sono profundo, durante cem anos.
O rei ordenou que todas as rocas do reino fossem queimadas para evitar que a profecia da
fada malvada se cumprisse. Mas no dia que completou quinze anos, a princesa foi passear
pelo palácio e chegou a uma velha torre. A princesa subiu as escadas e, na parte mais alta da
torre, encontrou uma portinha aberta e entrou num quarto.
Ali, viu uma mulher estranha que fiava numa roca. “O que você está fazendo?” – perguntou a
princesa.
“Estou fiando seda”, respondeu a mulher. “Você quer aprender?”
Então, a princesa se aproximou e furou o dedo. Imediatamente, caiu num sono profundo.
Embora pareça estranho, todos no castelo foram paralisados pelo feitiço.
Na cozinha, a atividade parou de repente. O cozinheiro, o copeiro, a arrumadeira e até os
animais caíram num sono profundo, imóveis como estátuas.
Passou o tempo e todos continuavam a dormir. O bosque cresceu muito em volta do castelo.
Muitos anos se passaram.
Um dia, um príncipe estava passando por aquelas terras e um velho contou-lhe a história do
castelo. Disse a ele que lá dormia uma bela moça à espera de um príncipe que quebrasse o
encanto.
O príncipe pegou sua espada para abrir caminho entre os espinhos, mas não foi necessário
poque os espinhos se transformaram em roseiras que deixavam o caminho aberto até o
castelo. Pelo caminho, viu pássaros e cavalos dormindo.
Quando chegou ao castelo, viu o rei e a rainha dormindo no pátio, rodeados por seus
cortesãos. Muito assustado, seguiu seu caminho em busca da Bela Adormecida.
O príncipe logo chegou à torre. Subiu e abriu a porta do pequeno quarto onde dormia a bela
princesa. Era tão linda que o príncipe se apaixonou por ela e a beijou. Nesse momento,
completaram-se os cem anos. A princesa abriu os olhos e olhou para o príncipe.
“É você o meu príncipe? Esperei por você por muito tempo.”, disse a Bela Adormecida.
Ao despertar a princesa, acordaram também todos os enfeitiçados. A brisa começou a soprar e
o perfume das rosas se espalhou por todo o palácio. Os passarinhos continuaram a cantar, o
cozinheiro a perseguir o copeiro e a cozinheira a correr atrás do pato para cozinhá-lo.
O príncipe e a princesa tiveram um casamento muito bonito e viveram felizes para sempre.

Chapeuzinho Vermelho era uma menina alegre e esperta que morava
com seus pais em um lado da floresta. Em outro canto, morava sua
vovó.
Um dia, a mamãe de Chapeuzinho chamou e disse:
“Chapeuzinho, sua vovó está doente. Leve estes doces para ela, mas vá
com cuidado. Tem um lobo mau e fedorento na floresta.”
Chapeuzinho pegou sua capa e foi para a casa da vovó. Ia cantando alegremente quando o
lobo saiu detrás de uma árvore e perguntou:
“Para aonde vai, menininha?”
“Vou para a casa da vovó levar estes doces, mas não quero falar com você”. Minha mãe
proibiu. Vá embora!
O lobo sai depressa e pega um atalho para a casa da vovó. Chegando lá, dá um susto na vovó
e ela sai correndo.
A intenção do lobo é devorar todos os doces do cesto, pois ele adora doce e só come isso.
Então, ele veste algumas roupas da vovó e deita na cama dela. (vovó fica escondida e espia
tudo.)
Chapeuzinho chega e bate na porta. O lobo responde:
“Pode entrar! A porta está aberta!
Chapeuzinho entra e vai até o quarto da vovó.
“Olá, vovó! Mamãe fez doces deliciosos para você! Prove um!”
O lobo pega um doce da cesta e põe na boca. Quando começa a mastigá-lo, dá um grito.
“Aaaaiiiiiii!!!! Socorro! Que dor de dente! Aaaaaaiiii!!!”
Enquanto o lobo chora e grita de dor de dente, Chapeuzinho fala:
“Vovó, que dentes podres e fedidos! Arghhh!!! Que bafo horrível!”
Chapeuzinho leva a mão ao nariz, pois o cheiro é insuportável. E o lobo diz com a mão no
rosto:
“É que estou doente, minha netinha!”
“Mas vovó, você não toma banho e não escova os dentes?”
“Para quê? Dá muito trabalho, está frio e eu tenho preguiça!”
“Mas nossa saúde também depende da nossa higiene! Nós precisamos tomar banho e escovar
os dentes todos os dias! E agora você não vai poder comer os doces gostosos que a mamãe
mandou!”
Então, vovó que espiava tudo escondida, entra e dá uma porretada na cabeça do lobo e diz:
“Você está doente porque está muito sujo. A sujeira traz doenças. Agora nós vamos te dar
uma lição. Você vai escovar esses dentes fedorentos e vamos levá-lo ao dentista.”
O lobo aprende a escovar os dentes e também a usar o fio dental com vovó e Chapeuzinho.
Depois, as duas levam o lobo ao dentista. No consultório, o dentista diz:
“Sua boca está horrível, mas vamos consertar todos os dentes. Eles vão ficar branquinhos e
saudáveis. Mas você terá que cuidar bem deles em casa. Não coma muitos doces e sempre
escove os dentes, todos os dias.”
“Está bem, doutor. Faço tudo para me livrar dessa dor de dente. Prometo até não atacar mais
velhinhas nem as criancinhas.”
E assim o lobo voltou pra casa regenerado e feliz.

Um dia, uma raposa que estava sem comer há dias, e por isso,
estava morta de fome, andava por um pomar quando viu um
belo cacho de uvas.
As uvas estavam maduras e prontas para serem comidas.
Percebendo que estava sozinha e que o caminho estava livre,
decidiu colher as uvas.
Mesmo com todas as limitações, não poupou esforços ao tentar pegá-las, e por isso, tentou
usar suas habilidades. Por estarem fora de seu alcance, fez o que pôde para alcançá-las .
Depois de tantas investidas fracassadas, além de faminta, agora ela estava exausta e
desapontada. Sendo assim, suspirando, deu de ombros, finalmente dando-se por vencida.
Deu meia volta e foi embora.
Desolada por conta das tentativas mal sucedidas, a raposa tentou consolar a si mesma
dizendo:
“Na verdade, olhando com mais atenção, consigo perceber que todas as uvas estão
estragadas, e não maduras, como elas aparentavam quando as vi pela primeira vez.”
Moral da história:
Quando não ficamos atentos às nossas atitudes, perdemos a chance de observar e corrigir
nossos pontos fracos e desvios de caráter. Além disso, às vezes, as pessoas preferem se
enganar a aceitar suas próprias limitações, perdendo oportunidades preciosas de corrigir suas
falhas.
Ou seja, para superar as nossas limitações é necessário percebê-las e depois aceitá-las como
reais, para somente assim, poder corrigí-las.

Fifi era a lagarta que nasceu do ovo que alguma borboleta pôs sobre uma
folha qualquer. Ao nascer, comia sem parar, tanto que, quando atacava as
plantas, não sobrava nenhuma folha sequer.
Mas o tempo passou… Fifi agora se preparava para a grande
transformação; então saiu à procura de um lugar bem tranquilo.
Depois de caminhar muito, encontrou uma árvore que ficava próxima à
toca do Coelho Amarelo.
Chegando lá, subiu, ajeitou-se sobre o tronco e lá ficou, sem comer nem beber, num jejum
total.
Ao seu redor, teceu uma casca marrom e, dentro dela, adormeceu por vários dias.
Certa manhã, quando o Coelho Amarelo saía da toca, percebeu que alguma coisa muito
estranha estava acontecendo lá em cima do galho. De repente, a casca marrom se rompeu e
dela surgiu uma linda Borboleta Azul.
O espanto foi tanto que o Coelho Amarelo fugiu dali em saltos velozes.
A Borboleta Azul era linda, mas muito desengonçada. Suas asas, ainda molhadas, não a
deixavam voar. Foi preciso algum tempo para começar as primeiras tentativas.
Primeiro, começou voando baixo e bem devagar, com muito cuidado para não se machucar.
Outras vezes, era bem atrapalhada, pois durante os voos, esquecia de bater as asas ou as
enroscava uma na outra e, quando isso acontecia, ploft!… caía estatelada. Mas, quanto mais
caía, mais insistia.
Com o passar do tempo, a Borboleta Azul tornou-se muito esperta e estava sempre disposta a
conhecer novos lugares, tanto que, certo dia, decidiu voar para bem longe, muito além das
montanhas que ao longe avistava.
E assim, embalada pela suave brisa, sobrevoou a imensa planície, rumo ao desconhecido.
A Borboleta Azul se sentia muito, muito feliz e fazia piruetas no ar, dançando ao som do vento.
Naquela manhã de primavera, havia flores por toda parte, perfumando e colorindo os jardins.
Cansada de voar, a Borboleta Azul pousou em um poste e, lá do alto, ficou observando as
pessoas. No início, ficou assustada, mas logo se acostumou e passou a admirá-las.
Um dia, a Borboleta Azul acordou indisposta. Não se preocupou porque sabia que estava nos
dias de pôr os seus ovos. Tranquila, voou para um jardim com lindas flores e, depois de
saborear o doce néctar, escolheu uma folha para colocar seus ovos.
De repente, começou a se sentir mal. Suas asas ficaram pesadas. Cambaleando, tentou se
firmar sobre uma flor. Naquele momento, sentiu algo prendê-la. Quando olhou pra cima, viu
que era um humano e percebeu que o seu tempo havia terminado.
Após examiná-la, o colecionador ficou muito contente porque a Borboleta Azul era uma
espécie rara. Entre as tantas outras que estavam em exposição, a Borboleta Azul era a mais
linda, atraindo pessoas de todos os lugares.
Algum tempo depois, longe dali, no lindo jardim florido, algumas larvas saíram dos ovos e um
novo ciclo começava.

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